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Tráfego pago. O que é? Podemos usar na advocacia?

É rotineiro e comum, ao navegarmos pelo Google ou pelas Redes Sociais, nos depararmos com publicidade paga. E a impressão é que, a cada dia, existem mais e mais anúncios na Internet. De fato, os mecanismos para criar e postar anúncios evoluíram muito e estão mais amigáveis. Uma pessoa, com um bom computador ou um bom celular e noções básicas de gerenciamento de redes sociais, pode rapidamente fazer um anúncio. Se esse anúncio vai atingir algum resultado, ai já é outra história.


O termo "tráfego pago" é utilizado para nomear essa publicidade online, que vemos diariamente. Diferentemente do "tráfego orgânico", os conteúdos e marcas que vemos na publicidade paga, direcionaram seus esforços para estar ali. Nos deparamos com tráfego pago quando buscamos por alguma coisa no Google, quando navegamos no Instagram e até quando estamos lendo alguma notícia em portais, como o G1 ou o R7.


Em artigo recente, publicado Portal Terra, o especialista Hélicon Barros explicou: "Muitas empresas pequenas têm site ou redes sociais que não são visitados por praticamente ninguém. É neste sentido que o tráfego pago pode ser um grande aliado ao trazer novos visitantes, leads, potenciais clientes, enfim, atrair clientes".


O tráfego pago se iniciou com a própria Internet

Podemos dizer que as estratégias de tráfego pago nasceram junto com a própria Internet. Porém demorou bastante até que as grandes marcas, que os grandes anunciantes migrassem para o online. Foi uma decisão difícil, retirar verba publicitária da Televisão (por exemplo) ou das revistas impressas e investir em ações no Youtube ou no Linkedin. Na internet o "jogo" é bem diferente, a marca ou produto precisa dialogar com seus clientes, se expor, falar dos seus valores e ter pessoas e sistemas de respostas (chatbot) 24h online. Chatbot ou Chatterbot é um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas.


Vemos anúncios na Internet de produtos, de profissionais, de serviços, para causas sociais, para campanhas de sustentabilidade, dentre tantos outros temas. O que antes era restrito para a venda de softwares, ou para promoção de joguinhos online, hoje é uma ferramenta para qualquer setor ou segmento. O mais assustador é que novas oportunidades para a publicidade paga aparecem diariamente e os indicadores que possuímos, já são insuficientes.


Algo porém que sabemos é o faturamento do Google. A Alphabet, dona do Google, "fechou o ano de 2021 com receita de US$ 257,637 bilhões (41% superior a 2020) e lucro líquido de US$ 76,033 bilhões (alta de 89% com relação ao ano anterior). O valor foi impulsionado pela venda de publicidade e pelo crescimento do Google Cloud, serviço de armazenamento em nuvem" (Fonte: Site Poder360).


O advogado pode se utilizar de tráfego pago?

O Provimento 205/2021 do Conselho Federal da OAB trouxe uma série de avanços e recomendações, dispõe sobre a publicidade e a informação da advocacia. No provimento temos descrito que "Publicidade ativa é a divulgação capaz de atingir número indeterminado de pessoas, mesmo que elas não tenham buscado informações acerca do anunciante ou dos temas anunciados; (Artigo 2º - Parágrafo VI)


Mais a frente, o Provimento explica: No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva, desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego excessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não, nos meios de comunicação (Artigo 4º). Desta forma, podemos e penso que devemos utilizar desta ferramenta nas estratégias de marketing jurídico, ou marketing para advogados, principalmente por que estamos presenciando uma queda real do tráfego orgânico. Atualmente, ao postarmos algo nas redes sociais de um escritório, este conteúdo não vai chegar a 100% dos seguidores dessa rede.


A problemática toda consiste em como utilizar-se do tráfego pago, sem ultrapassar o limite do ético, pois a comunicação na advocacia deve ser, essencialmente informativa: "A publicidade profissional deve ter caráter meramente informativo e primar pela discrição e sobriedade" ( Artigo 3º).


Temos assim que reconhecer a atividade online do consumidor e as características das redes sociais e dos mecanismos de busca, como o Google, como um desafio para a comunicação do advogado e dos escritórios de advocacia. Entenda, qualquer vento é favorável, para quem não sabe aonde vai! A Internet está repleta de conteúdos, criados por advogados e advogadas, sem muito nexo e, principalmente, sem estratégia. Pela facilidade de uso, o tráfego pago pode se transformar na mais nova panaceia do mercado jurídico. Mas como evitar isso? Organizando e gerenciando o marketing, como esforço central do escritório!


Estratégia no centro dos esforços

Trabalhando sob uma perspectiva de aumentar o tamanho da "janela" para que clientes em potencial, para que pessoas que precisam do advogado ou advogada tenham acesso a informação de qualidade, o tráfego pago é uma ferramenta incrível. O escritório deve estar ativo nas redes e preparado para atender. Podemos iniciar com um investimento pequeno e crescer, ao organizar anúncios pagos, informativos e interessantes, e assim a segmentação das pessoas que desejamos atingir, vai melhorar!

Sim! Os relatórios de campanhas são uma forma interessante de entender melhor qual o foco do escritório e qual o tipo de cliente que podemos atingir.

Uma nova área do escritório, um novo serviço que precisa ser consolidado. Ao gerarmos conteúdo e o levar ao grande público, poderemos aumentar o alcance dessa comunicação.


Artigo de Gabriela Fornells

Consultora e Sócia na DNA Consulting - Marketing Jurídico

@gfornells






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